sexta-feira, 24 de junho de 2016

Solidão.

Há tempos venho sentindo o cansaço de viver.
Sem emprego, sem dinheiro, sem amigos, sem um amor... sem quase nada nesta vida; apenas uma sub vida.
Desde Agosto de 2014, quando comecei o curso de Psicologia, voltei a ter um sonho, um motivo pra continuar.
Mas como diz a escala de Maslow: não dá pra se estar bem em uma coisa quando outra estar uma merda total.
E esta merda é falta de dinheiro.
Sem dinheiro nada acontece. Não se passeia não se come bem, não se veste, não se tem “amigos” não se tem nada.
Estou desde fevereiro de 2014 sem trabalhar, vivendo de ajuda, de migalhas, de doação.
Este mês não tive mais como me manter na casa que morei por quase oito anos. Estou agora num cubículo, onde mal consigo me mexer aqui dento. Pra vir pra cá tive de vender algumas coisas minhas pra puder pagar a fiança do aluguel, sem saber o que farei no mês que vem.
Me sinto mais só do que nunca.
Percebo que todos se afastaram de mim. Não tenho mais quase ninguém pra chamar de amigo.
Me sinto velho, feio, sem projeção para o futuro.
O sonho da Psicologia vai se tornando utopia.
A vontade desistir de tudo é muito grande.
Sinto saudades de quem nem se lembra que um dia me conheceu.
Sinto inveja, raiva, ciúmes e até ódio (deixo minha sombra livre)
Sempre me pegunto o porquê que eu nasci? Qual minha função neste mundo? Porquê uma vida tão desgraçada?
Pra quê viver assim?
Dizem que suicidas são pessoas egoístas, mas discordo.
Quando alguém opta por morrer é porque já foi muito forte, já tentou de tudo, já pensou muito nos outros, já quis com toda sua força continuar vivendo. Mas o cansaço que fali a cima é muito maior.
O ultimo abraço que dei com todo meu carinho foi no meu professor Farani.
Abraçar quem a gente gosta é tão bom né?
Me lembro que quando dividia a casa que u morava com Anderson era tão bom. Sempre o abraçava (como era bom abraçar ele)
Ai as coisas foram mudando.
Por falar em Anderson. Como gostei dele. Nossa!! Projetei nele tudo que eu esperava de uma amizade, de um companheiro e um de eu não ser mais um ser só. Tudo mentira.
Mas não me arrependo em nada. Tive momentos maravilhosos com ele. Praia, ouvir musica, conversar, tomar cerveja, ele cozinhar, comentar o TheVoice. Sinto saudades dele L
E assim como tudo na minha vida, ele se foi. Meu ciúmes, minha carência e minha vontade de tê-lo só pra mim o fez ir de vez. Não restando nada.
Tudo em mim é tão intenso. Agora me lembro de Alê. Como gosto dele também. Mas mais uma vez só eu gosto.
Fico mendigando a atenção dele e ele nem ai. Só nos interesses dele, não existo, fico tentando fazer acontecer uma amizade que ele não faz a mínima questão. Foda se. Mas queria ser importante pra ele. Desgraça de vida viu.
Leo e Mazinho nem se lembram mais de mim.
Queria não senti falta ou gostar mais de ninguém. Mas não sou assim.
O outro é importante pra mim. Mas o problema é que dou importância demais ao outro.
E faço de mim um mero coadjuvante de minha merda de vida.
Morrer parece ser a melhor solução.
Vou pensar mais sobre isto novamente.

Não vejo uma mudança. Ser o que sou é horrível. Me detesto.