quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Me apaixonei. De novo!!

Tudo começou sem a menor pretensão que virasse nada do que não virou.
Já nos conhecíamos desde de você bem criança, mas nunca fomos de ter intimidade ou saber mais sobre ele.
Como já o conhecia, no dia que precisei entregar a casa em que eu morava, pedi sua ajuda na mudança. Tudo ocorreu bem, ele me ajudou, no dia seguinte foi me ajudar a por armário e tudo ok. Passamos um mês sem nos ver, algo que pra mim não fez a menor diferença. Estava triste e me sentindo muito só em uma outra casa totalmente pequena, com vizinhos estranhos e me sentindo muito só. Nada de emprego, de amigos, nada. Isso foi em Junho deste ano.
Não suportando a nova moradia, comecei novamente a procurar outro lugar pra morar, aqui mesmo na rua onde eu morava. Com ajuda de vizinhos e do dono da casa que estou atualmente, consegui voltar a morar no beco. Local que já havia morado há uns sete ou oito anos atrás.
Ao voltar pro beco; local onde ele também mora, nos aproximamos mais e digamos que quase fomos amigos, ele passou a frequentar bastante aqui em casa. Era divertido; a gente ria muito, falávamos besteiras, almoçávamos, tomávamos café e eu, carente que sou me acostumei a isso. Dei até apelido de Baby Bofe, em homenagem a uma personagem da novela das sete que namorava uma mulher mais velha. (inconscientemente eu acreditava que seria como na novela) Então ai as coisas começaram a mudar. Quando ele não vinha, por ser final de semana e ir pras baladas ou casas de outras pessoas, eu sentia muita falta e cobrava tal presença, sentia ciúmes, me sentia só e isso foi ficando serio e falando (como sempre, falando demais) dele pra todos e quando dei por mim. Pah!!! Completamente apaixonado. Eu, 36 anos e apaixonado por um garoto de 17 anos. Que como todos dizem: Não tem nada a me oferecer; mas pra ele era o suficiente, já que eu também não tenho nada a oferecer a ele.
Na minha cabeça; bastava ele também me querer para sermos felizes para sempre. Mas sou estudante de Psicologia. Já estudei muito sobre adolescência e sei exatamente como eles funcionam. Nesta fase o hedonismo impera. E cego de paixão, esqueci disto, e queria reconhecimento e gratidão e até mesmo fidelidade. Mas fidelidade a que mesmo?
E lá vou eu tratar disto na terapia. 2, 3 ,4 e várias sessões só falando dele. (sorte que mudei de psicólogo, pq o anterior, tenho certeza que queria me dá de vassourada a esta altura do campeonato. Depois de tudo que vivi com Anderson)
Não estou curado desta paixonite totalmente sem noção (reconheço, mas me apaixonei sim por ele tá!)
O tratamento é doloroso, é sofrido e todos que já gostou sem ser correspondido, sabe como isso dói.
Mas com esta história com meu lindo Baby Bofe, fui trazendo outras amarras pra terapia. O nunca dizer Não, o querer sempre agradar a todos, a disponibilidade permanente. é estranho, mesmo pra mim que tenho de cada dia amis aprender sobre o comportamento humano. O ser humano ÑÃO gosta de quem sempre o trata bem. é muito louco, mas é a mais pura verdade. As pessoas se cansam de quem elas sabem que tem na mão. É o velho clichê, de perder pra aprender a dá valor.
As vezes parece que estou sozinho nadando contra todos. Pois sou assim: Quando gosto, eu cuido bem, fico disponível. E com ele fui assim também. Como fui com todos os outros que me apaixonei e NUNCA os tive. Gostaria de dizer que nunca mais quero me apaixonar, mas é como Freud me ensinou: O sintoma é meu gozo. Mas mesmo vindo a gozar do sintoma novamente, vou tentar com todas as minhas forças ser menos disponível, menos meloso e se for pra gozar que seja transando e não de sintomas.
E como dói a indiferença né? Você manda um zap e o demônio nem tchum, passa em frente a sua casa e nem ai também. Parece que você nunca existiu. E o passional aqui, se preocupa se está bem, se almoçou e tudo mais.
Preciso muuuuito aprender a ser um pouco mal em 2017.
É muito amor dentro de uma pessoa só.